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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Poesia: Papo reto com Deus

 


 Quando caminho, vejo no horizonte a fronteira do Sol com a terra e a iluminação da alma sendo e não sendo uma presença e uma certeza.
 Vejo Deus no pássaro que pega a presa e na presa que se rende pois sabe que faz parte de um esquema ecológico, onde sua vida sustenta outra e gera a infinita energia da vida.
 Vejo Deus na efêmera vida humana e na eternidade das estrelas, pois cada vida é única, numa pequena parada ou em milhões de anos.
 Vejo Deus, sendo pai, mãe, filhos e espíritos santos, com toda hierarquia, dentro de nós, não sendo em hipótese alguma a restrição que alguns imbecis insistem em dizer e confinar nas páginas de livro, pois a letra é viva e não morta.
 Vejo Deus sendo a mão que abençoa e que liberta da restrição, liberta da maldição, a partir do momento que você se entrega e na entrega é absoluto em seu conhecimento e determinação pra ser a diferença;
 Imagino Deus como a energia espaço-tempo, que a tudo pertence, cria, destrói e se transforma, permitindo a todos seres, criar e libertar com o amor e a compreensão da alma e ainda, abraçar o horizonte sem limite e entender que está conectado.
 Enfim, essa é a força que se encontra no espelho da alma, no espelho da sua mente, ou se preferir, de mãos dadas contigo, plugado na conexão cósmica, plugado com o infinito;

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Filosofia: O MITO INICIÁTICO: PINÓQUIO


Pinóquio é um mito e também uma alegoria esotérica de cunho estritamente espiritual. Infelizmente nos dias de hoje o arcano contido na história do Pinóquio passa despercebida aos olhos dos profanos e também da grande maioria dos iniciados. Pinóquio é uma história em forma de ensinamento que visa o despertar da consciência e trazer autoconhecimento.

Creio que todos conhecem a história do Pinóquio, principalmente aqueles que já devem ter assistido ao desenho original da Disney.

O criador original do personagem Pinóquio foi o escritor e maçom italiano Carlo Lorenzini Collodi no ano de 1881. 

Lorenzini era um maçom ligado aos Ritos Esotéricos de Misraim, sendo ativista político e escritor de vários jornais da época. Possuidor de um senso muito crítico, ele estava acostumado a criar personagens sátiros para expor a sua visão política daquele momento.

As aventuras de Pinóquio, criada em 1883, era uma fábula infantil sobre as aventuras e desventuras de uma marionete em sua ansiosa busca para se tornar um menino real de carne e osso (ou seja, o homem encarnado quer se tornar Deus, independente e autoconsciente).

O Mito Pinóquio, assim como a maioria das obras e símbolos esotéricos, tem duas maneiras de serem compreendidas, (assim como os mitos e símbolos maçônicos), possuindo o seu lado profano ou “exotérico”, voltado exteriormente aos leigos, e a outra parte iniciática “esotérica”, que possui toda uma simbologia com ensinamentos secretos (arcanos) importantes, os quais não passam desapercebidos pelos verdadeiros iniciados do esoterismo, que veem além da narrativa inocente e tola dos acontecimentos.

Em Pinóquio, Lorenzini tomou todos os cuidados ao criar uma narrativa que segue à risca uma antiga tradição dos textos esotéricos e místicos, com uma estória simples e direta que faz todo sentido para a grande massa e outra com um significado oculto e também direto aos místicos e esotéricos.

No desenho, Pinóquio é o boneco teimoso e mentiroso, de caráter duvidoso, que tem no velho ARTESÃO Gepeto o seu criador. É aqui que começam os ensinamentos ocultos, pois Gepeto deve ser visto como o Demiurgo (criador do universo), citado por Platão em suas obras. 

Gepeto (assim como Demiurgo), é o deus menor entre os deuses do mundo material. É uma entidade que cria os seres não evoluídos e imperfeitos, que por isto devem evoluir, passar pelos percalços da vida física até se tornarem perfeitos.

Após criar o boneco (humanidade) ,Gepeto (o Demiurgo) vibra feliz com a sua mais nova criação. Porém sente que o boneco (humanidade) não está completo, então pede ajuda ao Grande Deus para que insufla no Pinóquio (Adam) o fôlego da vida (Nefesh), que transformaria o boneco em uma pessoa de verdade, ou seja, traria a luz vivificante ao homem de barro ainda inerte. 

A fada que aparece para dar ao boneco sua “centelha de luz universal” é a representação da “Mãe Divina” (Sophia), ou seja, a “Mente Universal” que concedeu a consciência a todos os seres vivos.

A fada concede a Pinóquio o dom da vida (Nefesh), do livre arbítrio (Ruach), porém ele ainda não é um menino de verdade, por que a vida real de um “homem autêntico” só tem início quando ele realmente se “ilumina” com Neshamah.

Na maçonaria esotérica (Rito Misraim) afirma-se que: “A iluminação espiritual humana é algo que se conquista através da utilização da força de vontade (malho) unida a inteligência (cinzel)”, ou seja, autodisciplina e autoconhecimento. Somente assim Sophia concede a gnose a alma humana.

Pinóquio começa então a sua grande jornada em busca da sua “iluminação”, processo que inicia a partir de um pedaço inerte de madeira bruta sem vida (Pedra Bruta), para se tornar num homem consciente e autêntico. Entretanto um processo de amadurecimento interior deve ocorrer para tal mudança, pois Pinóquio (homem caído ou imperfeito) deve lutar contra os desejos primitivos dos instintos e também contra todas as tentações carnais, colocando-se muitas vezes em luta contra a sua própria consciência (sua consciência é simbolizada pelo Grilo-Falante ). Quando Pinóquio mente ao grilo falante, é nosso ego inferior querendo argumentar e justificar algum erro, porém nossa consciência mais profunda sabe o que é certo e errado. Outro fato interessante, que tange a constituição oculta do homem, é que ao mentir, o nariz de Pinóquio cresce, da mesma forma como o homem, ao mentir, o sangue sempre se acumula no nariz, causando desconforto e até coceira.

Sendo o primeiro desafio da sua jornada, a de obter o conhecimento (simbolizado pela escola que Pinóquio iria frequentar), Pinóquio prossegue sua jornada de aperfeiçoamento humano e uma série de acontecimentos e tentações atravessam seu caminho.

No caminho para a escola (busca do conhecimento – Gnose), Pinóquio encontra uma raposa e um gato (Mente inquiridora e Egoísmo), os quais tentam desviar Pinóquio para “um caminho mais fácil”, que na história é o caminho da fama e do sucesso. Entretanto a sua consciência (Grilo Falante) o adverte a todo instante, sem êxito, pois Pinóquio sucumbe às faculdades do seu ego (astúcia da mente inquiridora representada pela raposa e egoísmo do eu inferior representado pelo gato) aceitando ser vendido a um Circo de fantoches (mundo repleto de seres humanos alienados e iludidos).

Logo Pinóquio já estará acostumado com todos os gozos e benefícios do caminho mais fácil, que são: - fama, fortuna e a companhia das lindas marionetes.

Durante este caminho escolhido, Pinóquio descobre dolorosamente que não poderá mais ver o seu criador novamente, pois todos os bens e dinheiro que ele ganha no circo (mundo material) somente permite enriquecer o dono do circo (Satã, o Opositor, o Rei desse mundo material), e que no final do caminho, quando ele não for mais de utilidade ao circo (mundo material), ele terá um destino triste pouco glorioso.

Só então ele se dá conta de que “vendeu sua alma” ao dono do Circo (Satã, Deus desse mundo inferior) que representa o mundo cheio de desejos carnais mais vulgares.

Pinóquio então recorda a sua consciência e passa então, a tentar escapar daquela prisão em que se tornou o circo (mundo material), porém agora, somente uma intervenção divina poderia salvá-lo.

Somente quando se arrepende e reconhece a sua fraqueza, os seus erros e falhas, que a fada (a Mãe Divina) o liberta.

Ao tentar voltar ao caminho da escola (busca do conhecimento) ele novamente é interrompido pela figura da raposa (mente questionadora), que dessa vez atrai Pinóquio para a “Ilha dos Prazeres ”, um lugar onde não existem escolas e nem leis, onde as crianças podem fazer o que quiserem, tudo sob olhar atento da  sinistra figura do “Cocheiro”, que representa o guardião do Umbral.

A ilha dos prazeres simboliza nossa “vida profana” no mundo, cujas principais características são a ignorância da verdade e a busca vagabunda pela satisfação imediata das necessidades corporais, ou seja, o profano (vulgo ou homem comum) vive somente e tão somente em busca da realização dos desejos e impulsos mais superficiais e baixos.

O Cocheiro (Guardião do Umbral) obviamente incentiva esse comportamento vagabundo, pois sabe que isso é perfeito para seus objetivos de obter mais escravos para seus propósitos deste mundo inferior. Na história isto é representado pelas crianças que logo começam a se transformar em burros, os quais são utilizados pelo Cocheiro para trabalhar como animais escravos em uma mina de ouro.

Pinóquio logo começa a também se transformar em um burro, ou seja, ele é um ser totalmente material dominado pelo seu ego (eu inferior), ele é alguém que já abandonou quase que completamente o seu contato com seu Eu divino superior, a sua consciência espiritual. 

 Novamente Pinóquio toma consciência de ter tomado o caminho errado, e consegue escapar da vida profana, recuperando sua consciência. 

Assim Pinóquio retoma ao seu caminho devido de volta para casa, para reintegrar e estar junto de seu pai, o seu Criador – O Demiurgo Gepeto.

O próprio nome Gepeto é simbólico, pois deriva do italiano Giusepe, ou seja, José, Pai de Jesus.

Voltando ao mito Pinóquio, quando ele enfim chega em casa, Pinóquio percebe que a casa está vazia, e que Gepeto havia saído e ido ao seu encontro, porém no caminho, Gepeto havia sido engolido por uma baleia.

Pinóquio então salta na água e ele é engolido pela baleia também, e por fim encontra seu criador dentro da Baleia (o homem encontra a pedra oculta – VITRIOL). 

Essa é uma parte muito interessante, pois nos revela que a iniciação final do boneco Pinóquio (o homem) que deseja se tornar um menino de verdade (ser iluminado) está chegando ao seu fim, pois o ventre escuro do animal baleia representa que a verdadeira busca está dentro de si e não fora. Quando Pinóquio se encontra na escuridão e procura a luz que dá acesso a saída daquele local, isto representa a busca humana pela luz espiritual, a luz da consciência plena e sem obscuridades que liberta o humano da sua condição animal.

É importante notar que essa parte do desenho tem um grande significado oculto e esotérico, baseado no “Livro bíblico de Jonas” que é uma leitura obrigatória ao iniciado maçom esotérico. (falaremos sobre Jonas mais adiante).

Finalmente, Pinóquio conseguiu superar as dificuldades e obter o seu aprendizado. Ele se livrou da escuridão da ignorância (o interior da baleia), emerge da tumba ressuscitado (assim como a conhecida história de Jesus) e agora ele é o menino de verdade, ou seja, um homem iluminado com Neshamah, liberto da vida material. 

Pinóquio agora consegue abraçar o seu Grilo-Falante (o eu interior, eu superior e divino), ganhando da sua fada um distintivo de OURO, perfeito simbolismo do seu sucesso “alquímico” interior de transformar madeira bruta em ouro, ou seja, a consciência inferior do boneco de madeira em uma mente iluminada do menino de verdade. 

Pinóquio é uma fábula espiritual riquíssima, descrevendo a busca interior pela consciência do EU superior e o seu verdadeiro lugar no universo perante a consciência de Deus.

Pinóquio é uma fábula de conteúdo iniciático místico e esotérico inspirado no clássico “Jonas e a Baleia” que conforme veremos a seguir, é uma poderosa e importante obra do conhecimento para se alcançar a “iluminação”.

Jonas é um personagem bíblico que recebe a ordem dada por Deus (Demiurgo) para ir para a cidade de Nínive profetizar, porém Jonas o desobedece e foge, tomando um barco que ia para o lado oposto (ou seja, o profano busca os bens materiais e não os espirituais). 

 Então sobrevém uma forte tempestade. O capitão desesperado, decide procurar Jonas que havia descido para o porão e encontra-o deitado, dormindo em um sono profundo. 

 O Capitão do navio lhe diz: “Como podes dormir tão profundamente? Como podes dormir no meio deste desespero que nos faz sucumbir? Porque não és capaz de nos ajudar a tentar sobreviver?” 

 Jonas então revela ao capitão do navio que havia desobedecido a Deus, e pede que lhe joguem ao mar.  

 Logo que Jonas cai ao mar a Tempestade cessa. Dentro do mar, Jonas é engolido por uma enorme baleia, dentro da qual ele passa 3 dias e 3 noites orando a Deus e pedindo que lhe dê uma segunda chance. Assim Deus lhe perdoa e Jonas é liberto do interior da baleia, seguindo doravante o seu destino.

 A história de Jonas é realmente uma lenda da iniciação nos grandes mistérios, pois a baleia ou o “grande peixe” representa a escuridão da ignorância que domina o homem quando ele é jogado para o fora do navio (ou seja sai do seguro reino celestial para aqui nascer) no mar (vida terrena).

 Quando usado como um símbolo do mal, o peixe representa a natureza animal e inferior do homem em seu próprio túmulo (corpo físico). 

 Assim Jonas passou três dias e três noites no ventre do “grande peixe”, da mesma forma como Cristo passou três dias e três noites no seu sepulcro. 

 Assim como Pinóquio, Jonas é o arquétipo do homem caído ou deitado, que está adormecido na matéria, do homem que não quer se levantar e não quer cumprir sua missão. 

Jonas é o arquétipo do homem que foge da sua missão, que foge da sua verdadeira natureza ou identidade divina, que foge do verbo interior, que foge da sua vocação, da sua realização.

Quando Jonas dentro da baleia decide retomar seu caminho, ele não teme mais nada. É a fênix que renasce das cinzas. É Osíris que morto, renasce em Hórus (Ouros). É Jesus, morto crucificado, renasce como Cristo ressuscitado.

Há momentos em nossas vidas que não podemos mais mentir para nossa própria consciência. Chega uma hora em nossa vida que nós somos obrigados a ser autênticos conosco mesmos, não podemos mais fugir. 

Assim como no mito Pinóquio, o arquétipo da história de Jonas é um convite para que nós mergulhemos nas profundezas de nosso inconsciente, para passarmos através das nossas próprias sombras (raposa e o gato no mito Pinóquio), para após passarmos pela experiência da morte, aceitarmos nossa missão, nossa condição como humanos mortais e descobrirmos, em nós mesmos, a nossa essência imortal (alma espiritual). 

Ir de encontro ao destino é realizar plenamente o potencial que está desde a eternidade dentro de nós. 

É ouvir o chamado, atentar e responder à ele. É desabrochar todas as nossas potencialidades e seguir nossa vocação pré-escolhida antes de nascer neste mundo. 

Saibam que estranhamente o mundo costuma nos corresponder quando agirmos assim, sem covardia.

Uma das formas de saber se realmente estamos indo no bom caminho e que estamos fazendo aquilo para o qual nascemos, é parar e perceber se o mundo está nos abrindo as portas e que, se mesmo nós nos negando a usufruir dos seus benefícios, nós continuaremos os tendo a disposição.

Como sempre, deixo que cada um tire suas próprias conclusões, pois todo iniciado deve compreender que não existe uma verdade absoluta, mas apenas parcial, fruto da pesquisa pessoal, da opinião própria e consciente.

 Créditos: Juarez de Fausto Prestupa - Ciência Estelar, https://cienciaestelar.org.br/academia/#:~:text=Somos%20uma%20institui%C3%A7%C3%A3%20o%20de%20natureza%20eminentemente%20espiritual,oferece%20um%20outro%20modo%20de%20se%20caminhar%20espiritualmente.

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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Poesia: O Recipiendário, poesia do nosso amigo Alan Sharion

Trancado na solidão
e tendo posse dos quatro instrumentos
ele só pensa na criação
e no uso dos tais elementos

A baqueta representa sua centelha divina
A taça os amores e tal
A moeda prosperidade na vida
A espada sua vontade final

Ele vê dois caminhos a seguir
o do bem e o do mal
ele sabe que sem os dois não pode progredir
qual seu coração escolheu afinal?

Sua sabedoria e imaginação
o tornou mensageiro dos deuses
voando com seu coração
nas asas de Hermes

Entre duas serpentes
reside seu maior poder
tudo para deixar outros contentes
e realizar seu próprio ser...

Alan Sharion 2013

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Filosofia: O Encanto dos Orixás - belíssimo texto de Leonardo Boff



 Vi esse texto incrível de Leonardo Boff, mostrando o grande iniciado que é, disserta sobre a tradição afro-brasileira da Umbanda, e como tradição dinâmica mostra que a mesma está alinhada com as conjecturas desse Aeon de Aquário, ou como diriam amigos telemitas, alinhados com télema, vejam o texto:

 Os Orixás, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo mas concretizam, sob os mais diversos nomes o único e mesmo Deus.

 Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual.
Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta pra valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, africanos e indígenas.
 O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento incessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso país, criando um sistema coerente.
 Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as cria como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las.
Os Orixás, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo mas concretizam, sob os mais diversos nomes o único e mesmo Deus.
 Este, se sacramentaliza nos elementos da natureza com nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus. A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face as energias cósmicas.
Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente ás flores e á luz, realidades sutis e espirituais.
 Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York, que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos, elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título: "O Encanto dos Orixás", desvendando- nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas místicos como: Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T.S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza dos espíritos exige.
 Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem, também era uma religião de escravos e de marginalizados:

 Os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores"
Talvez algum leitor estranhe que um teólogo como eu, diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo:
 Um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus, que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desdobra de nossas cabeças e dogmas.

http://www.paimanec o.org.br/ noticias/ o-encanto- dos-orixas- belissimo- texto-de- leonardo- boff


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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Poesia da Deusa no tempo-espaço.

 

 Venho de um tempo onde a beleza não era um produto barato de prateleira, ela era a vida e energia com consciência e amor.

             Venho de um lugar onde não se pode obedecer a uma convenção porque ela é a liberdade cósmica de andar num sagrado equilíbrio.

            Sou chamada de Maria, Isis, Yemanjá, Yara, Nuit, Hécate, Astarte, Kundalini, mãe, filha, sou a prostituta, sou a apaixonada, sou a abandonada, a positiva e a negativa, sou vida e morte, sem espaço, nem tempo;

            Sou o gesto sublime do amor na entrega do sentimento e na construção do pensamento, sou a suprema realização da vontade e da mente, sou a essência que está dentro de você.

            Posso viajar nos seus pensamentos num instante ou criar uma estrela num lugar distante, posso trazer a vida ou levar a morte, posso ser e soberana sou.

           Passado, presente, futuro, menina, mulher e senhora, teço seu destino e lhe dou a opção de ser equilíbrio ou loucura, estou presente na trilha do Louco ao Mundo, do 0 ao 10, no ar, na terra, no fogo e na água, dentro de ti ou extensa no universo, sou essa essência da pura busca e pura alegria.

  Estenda sua mão pra mim e faça amor comigo, seja uma mente unida com o universo e vazia pra esse mundo e não se renda pra amante ilusória.
 Seja sempre essa pura ousadia...


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sábado, 22 de agosto de 2020

Filosofia: Os Arcanos do Tarot


 Arcano é uma palavra grega que representa mistério e esse mistério está presente no nosso universo em tudo que nos rodeia, seja pela força cósmica das estrelas ou pelo frescor do orvalho da manhã, o que podemos afirmar, é que essa bênção do mistério corresponde à própria grandeza do universo e da hierarquia cósmica.
 São 78 cartas que formam o tarot e cada carta é chamada de arcano, sendo 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores, onde temos o significado geral e específico de cada situação e a energia mágica que podemos empregar para mudar e acontecer.
 Cada carta é uma relação mnemônica com o Universo e a conexão com formas-pensamentos que acionam determinados elétrons que dinamizam a matéria.
 Tudo está associado à escrita e na nossa cultura ocidental, ela se originou dos 22 arcanos maiores do tarot, sendo posteriormente codificada nas 22 letras dos alfabetos hebraico, fenício e latino. Daí surgiu a Cabala, a linguagem de programação cósmica.
 Autores como o caríssimo Anderson Rosa, Frater Goya como é conhecido, comentam a associação do tarot com a cabala e a correta aplicação da cabala com o tarot, utilizando a proposta apresentada por Aleister Crowley com o controverso tarot que o inglês legou pra humanidade, Goya citou isso em Tarot o Templo Vivente.
 Escrevi uma obra chamado A Magia do Tarô, onde apresentei a proposta de mostrar a transformação pessoal, que é trazida pelas cartas do tarot e relacionei-as com a dança do ventre, como elemento fixador, mnemônico de cada carta e pela energia pessoal, retratando diversas situações do cotidiano e todas elas são exercícios de imaginação, criatividade e superação. A dança do ventre incorporou elementos que são representados pelos arcanos. Assim como as artes marciais que nasceram da observação dos movimentos dos animais e da natureza, a dinâmica da arte evoluiu no seu mistério.
 Os antigos foram os primeiros a perceber esses mistérios e imortalizaram isso pelas 78 cartas, que segundo a lenda Hermes-Thot, no Egito foi o codificador delas, onde empreenderam busca pelos arcanos, obtendo harmonização e equilíbrio, pela magia antiga das cartas e culturas do Egito e da Arábia, “que se perdem na noite dos tempos, homenageando os antigos e os povos dessas regiões que trouxeram esse prodigioso conhecimento interior”.
 Vamos vivenciar esse caminho cósmico do mistério, vivendo 22 arcanos da transformação e 56 arcanos da dinamização, pois os 56 arcanos menores representam isso, os elementos terra(ouros), ar(espadas), paus (fogo) e copas (água), acompanhados das cartas da realeza, que dignificam as personalidades humanas e a intensa transformação da série de 1 a 10, o ciclo humano do decágono...
Assistam a esse interessante vídeo:


Boa viagem!

 Modelo: Socorro Freitas
 Foto: Alcântara

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Poesia: O guardião dos caminhos


Sou o guardião dos caminhos, observo você em cima e embaixo;
 Tenho a chave que abre qualquer caminho, qualquer alma, qualquer substância;
 Sou o equilíbrio da luz e da sombra, da causa e do efeito e permaneço soberano na minha consciência;
 Sei que tempo e espaço são uma coisa única e vejo eles acontecerem a cada dia cada vez que um ser nasce e morre;
 Sou o consolo das lágrimas, a exaltação da alegria, o alívio da conquista e o rejubilo do amor;
 Posso estar com você e a anos-luz, galáxia distante e percorro tudo isso assim que você pisca os olhos...
 Sou sua divindade, a absoluta, que não pode ser contida por livros, por ideias ou pela mente e com absoluta majestade, reino com todo o céu e sou servido por todo inferno;
 Sou a força da alma e o alicerce da vontade e quando você está comigo, tenho tudo...
 Terra, água, fogo e ar fazem parte de mim.
 Uno e verso podendo ser, sou a resposta da dúvida e o mistério da alma...
 Axé!

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terça-feira, 12 de maio de 2020

Filosofia: Reflexão e agradecimento pra nova vida

 Algumas ocasiões, nos deparamos com o desafio de reciclar nosso destino, encontrar a nós mesmos em tudo que fizermos. Fundamentalmente, é necessário agradecer tudo que recebemos, toda sua vida, tudo que você tem, você mereceu, portanto, se quiser mudar, ou o que tem não agrada, crie mérito de ser pra ter.
 É difícil nesse mundo de convenções, entender isso de forma clara, principalmente quando estamos no apego da emoção, reflitam e encontrem a vocês mesmos, toquem a música interior, da espiritualidade, para o caminho fazer sentido pra você.
 Somos convidados pelo grito do espírito, desapegue, mude, tenha coragem de reciclar o que não funciona, somos todos uma imensa comunidade cósmica, precisamos interagir com as pessoas, com nosso próximo, com nosso mundo e ecossistema, embora estamos no cenário estranho de tribulação, pandemia e esquisitices, é o momento de refletir, analisar e reciclar as atitudes, vamos se ligar no espírito que vivifica e não na letra que mata do radicalismo e do dogma, acima de tudo, vamos produzir pessoas melhores para o mundo, que por elas, construirão um mundo melhor. Fica a dica, abraços a todos!

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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Poesia: Centelha da Alma



Alma não se completa com um toque.
Ela é um olhar pra uma vastidão profunda, sem começo, nem fim;
Ela é um sentimento que aflora e se revela no sorriso ou nas lágrimas.
Alma pode ter a luz das estrelas ou as trevas mais profundas do abismo,
Apenas uma escolha sobrevive a qualquer pecado.
Pois ela é a fagulha de Deus, que dá vida aos demais elementos.
É a magia que encanta e anima no espaço-tempo e a plenitude de um abraço.
Ah, como quero ouvir seu canto Uirapuru!
Quero sentir a bênção do destino, e saber que minha alma é única.
Sendo ela única, que seja unida com a grande alma, a suprema essência, seja sentida na perfeita harmonia cósmica.
Entendendo que todos somos ligados e que você e eu, somos um.

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domingo, 2 de dezembro de 2012

Filosofia: Tradição Wicca ou Bruxaria.


1.Influência original:

 Das religiões ou filosofias neo-pagãs existentes, a Wicca é aquela que mais se tem expandido nos últimos anos. A sua divulgação pública vem dos anos 40 e 50, tendo sido iniciada na Inglaterra por Gerald Gardner, herdeiro de Aleister Crowley, famoso ocultista do século XX. A Wicca é baseada em práticas célticas e pré-célticas, dando especial ênfase ao culto da Deusa da Terra, da Fertilidade, da Morte e de seu consorte, o Deus dos Chifres, dos animais, das florestas e da magia. Como aconteceu com a religião Afro-brasileira, Wicca é dinâmica e pode ser associada à tradição do país, no caso do Brasil, muito rico com as lendas e costumes dos povos amazônidas.
 Se a Lei é para todos, a Vontade se faz presente numa tradição e os orixás e santos cristãos são formas variadas da Deusa e do Deus, que se apresentam de forma dinâmica numa cultura que privilegia a ecologia, o livre-arbítrio e a causa e efeito de tudo que se faz.

 2. Grupos nacionais:

 Desde o ano 2000 a atividade de grupos neo-pagãos vem crescendo no Brasil, em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Na amazônia temos grupos que dão a expressiva contribuição a esse trabalho como as próprias tribos xamânicas.

 3.Características da tradição Wicca:

 A Wicca tem uma organização baseada em grupos denominados Covens, que contêm entre 4 a 13 pessoas, celebram 8 grandes rituais seguindo o ano solar (Sabats), de caráter mais festivo e outros ligados aos ciclos lunares, denominados Esbats, onde as práticas são mais viradas para a magia e desenvolvimento pessoal.
 Cada Coven é independente, não existindo nenhuma estrutura central ou hierárquica.

 Os 13 objetivos de um bruxo:

 1-Conheça a si próprio.
 2-Conheça a sua arte (Filosofia Mágica).
 3-Aprenda.
 4-Aplique seus conhecimentos com sabedoria.
 5-Atinja o equilíbrio.
 6-Mantenha suas palavras em boa ordem.
 7-Mantenha seus pensamentos em boa ordem.
 8-Celebre a vida.
 9- Sintonize com os ciclos da Terra.
 10- Respire e alimente-se corretamente.
 11-Exercite o corpo.
 12-Medite.
 13-Honre a Deusa e o Deus.

 4. Algumas tradições Wicca:

 Garnerian Wicca

 Gerald B. Gardner é o avô de pelo menos quase pelo menos quase todos os neo-wicca. Foi iniciado por uma alta sacerdotisa chamada Old Dorothy Clutterbuck.
 Em 1949, ele escreveu um romance chamado "High Magic's Aid", traduzindo em português como Ajuda com a Alta Magia, que tratava de assuntos da Bruxaria Medieval, na qual boa parte da magia era usada por aquele Coven. Em 1951, a última Lei contra a prática da Bruxaria foi anulada (primeiramente por causa das pressões dos espíritas) e Gardner escreveu "Witchcraft Today" (bruxaria Atual), que fala muito dos rituais e tradições do Coven que pertencia.
 Gardnerismo é tanto uma tradição como uma família e a linhagem é uma árvore genealógica. A Alta Sacerdotisa comanda o Coven, e os princípios de amor e confiança presidem. O Book of Shadows (Livro das Sombras) é seguido mais que em outra tradição wiccana, mas as pessoas ficam livres por fazerem adaptações, desde que preservem a forma original.
 Os membros trabalham nus e são chamados de esnobes da arte, já que foram os primeiros na tradição nos Estados Unidos e são responsáveis pelo renascimento da Arte. Porém, são pessoas normais, que também fazem piadas, se divertem e fazem ótimas festas.
 Cada Coven, que segue a tradição gardneriana é autônomo e guiado pela Alta Sacerdotisa. Ela pode pedir ajuda a sua Rainha (a sacerdotisa que a treinou) para aconselhá-la a qualquer hora. Isso mantém a linhagem e cria um rio de líderes e professores experientes e sábios.
 A reencarnação e o conselho da wicca, sem prejudicar ninguém, realize suas vontades, são pontos básicos da tradição. Os Covens são normalmente formados por homens e mulheres, já que acreditam que os pares homem/mulher provocam um balanço de forças, a maioria dos trabalhos é feito com a energia que interage o Cavalheiro e a Dama, representados pelos casais do Coven, pela dança, canto e etc...
 Como muitas tradições de Wicca, os gardnerianos possuem 3 graus. Uma gradneriana deve ser de terceiro grau para que se torne uma Alta Sacerdotisa, ela e o Alto Sacerdote são os responsáveis por conduzir o círculo, treinar os membros do Coven e preservar e passar os ensinamentos da Arte.
 Muitas bruxas gardnerianas, possuem materiais que não aparecem escritos, porém, dão ênfase no segredo, então eles tem sido um grande mistério no mundo social da Wicca. No Brasil essa arte sofreu algumas alterações em função da nossa cultura católica e afro-brasileira, interagindo com o folclore amazônida.

 Alexandrian Wicca

 A tradição alexandriana é muito próxima da gardneriana, com algumas diferenças (uma das principais é que usam o Athame, ou Punhal, como símbolo do elemento Fogo e a Varinha Mágica como símbolo do elemento Ar, a maioria dos rituais são muito simples, o que os deixam a desejar em relação a magia cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde há ênfase na sexualidade do homem e da mulher. Muitos rituais tem a morte ou ressurreição de um Deus ou de uma Deusa como tema.
 A tradição alexandriana foi criada por Alex Sanders e sua esposa Maxine Sanders, ele foi iniciado pela avó em 1933. ao contrário do que possa ser imaginado, o nome Alexandrian se refere a antiga Alexandria.
 Parecida com a tradição gardneriana, essa vertente tende mais a ser eclética e liberal. Alguns gardnerianos impõe regras severas, como por exemplo ficar nú durante os rituais, que têm sido apenas uma opção aos praticantes dessa modalidade.
 Mary Nesnick, uma americana iniciada na tradição gardneriana e na alexandriana, achou uma nova tradição chamada Algard. Essa tradição é uma mistura das tradições gardneriana e alexandriana, por causa das similaridades entre elas.

 Dianic Wicca

 A arte Dianic tem dois caminhos diferentes:
 O caminho achado no Texas por Morgan McFarland e Mark Roberts, que dão prioridade à Deusa em sua teologia, mas honram o Deus Chifrudo e sua amada consorte. Os Covens são mistos, incluindo tanto homens, como mulheres. Esse caminho é chamado de Old Dianic e ainda há muitos Covens que seguem essa tradição no Texas.
 O outro caminho é chamado de Bruxaria Feminista Diânica, foca exclusivamente a Deusa e consiste de Coven formado apenas por mulheres. Isto tende ter uma estrutura não hierárquica e os membros utilizam decisões simples e criativas. São grupos políticos feministas, normalmente ligadas entre si emocionalmente. Há uma grande presença de lesbianismo nesse movimento, porém não acontece em todos os Covens.

 Celtic Wicca (Igreja da Wicca)

 A igreja da Wicca foi fundada por Gavin e Yvonne Frost. Eles oferecem cursos por correspondência como marca na Wicca, também chamada de Wicca Celta, aliás tais fatos se proliferaram pela internet com instituições e pessoas fazendo o mesmo... A igreja da Wicca foi recentemente iniciada, incluindo uma Deusa que eles reverenciam. A igreja da Wicca se denomina Igreja de Batismo da Wicca.
 Gavin e Yvonne chamam sua tradição de Wicca-Celta. É como uma mistura de Alta Magia, com Magia Eclética, com um pouco de cultura Celta. Por instante, eles usam 3 círculos, um dentro do outro, feito de sal, enxofre e ervas com runas e símbolos entre os círculos, ao invés de apenas o Círculo.
 Eles também usam o Athame, com cabo branco, e não usam o de cabo preto, enquanto todas as tradições estudadas usam o de cabo preto.
 Algumas pessoas acreditam que a Wicca que eles trabalham não deve ser chamada de Celta, porém como muitas que foram colocadas por eles, são vindas de outras tradições, a tradição seguida por Yvonne e Gavin, deveria se chamar Frostim. Yvonne e Gavin têm tido mais públicos que qualquer outra tradição, já que os cursos aparecem em várias revistas e por isso tem ganhado críticas de vários grupos da arte, uma vez que a palavra do Mago é Silêncio...

 Georgian Wicca

 Se tivesse uma palavra pra descrever essa tradição, seria eclética...Mesmo que o material dos estudantes tenha vindo da tradição alexandriana, eles não seguem o caminho à risca. George Patterson, o fundador da tradição, sempre diz: "Se funcionar use, se não funcionar, não use". As pessoas creem que a tradição georgiana tende a ser muito superficial, já que não seguem apenas uma tradição. É claro que há, por exemplo, muitos tipos de rituais de iniciação, mas os membros da Arte sempre darão uma vantagem para a tradição que seguem, seja qual for...

 Discordianism (Erisian)

 O movimento erisiano é descrito como "Desorganização Irreligiosa não-profética". Tudo começou com o princípio da Discórdia, ou Como eu achei a Deusa, e o que fiz quando a encontrei. O tema central é " o Caos é mais importante que a ordem"... assim, ilustrando a história da maldição de Greyface. Humor é uma característica do movimento erisiano, mas não devemos levar isso como uma brincadeira. Profundas experiências tem acompanhado a prática erisiana. É um jogo relativo a percepção, onde demonstra que o absurdo é tão válido como o mundano, e o caos ou ambos.
 Os efeitos do movimento erisiano sobre um indivíduo pode dar medo, é totalmente liberal, com claras influências do movimento caoísta e de Austin Osman Spare, iniciado que formulou o Zoa Kia Cultus, que derivou a filosofia do movimento Caoísta. Ainda há pessoas imaturas que tentam jogar com o erisiano, achando que vão obter algum crescimento espiritual...

 Novice Wicca

 Finalmente a Wicca dos novos, ou seja, de quem se iniciou na wicca e ainda não começou a seguir nenhuma tradição. Nesta fase os iniciantes estudam e praticam cada vez mais e montam os Covens, pra então decidirem qual prática da arte, que escolherão. Sou adepto de télema e ela diz que a lei é pra todos, na minha concepção de Bruxaria ou Wicca, o indivíduo deve ser livre num grupo pra adentrar na magia e no segredo da Deusa e do Deus, dentro da tradição mágica e espiritual do seu país, no caso brasileiro, nossa tradição mágica afroíndiobranco...

5.Créditos e bibliografia:

Wikipédia, enciclopédia digital, pesquisa: Bruxaria e Wicca.
 Elane Cristine, pesquisa e texto original.
  Binho de Ouros, adaptação e comentários.

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